quinta-feira, 28 de maio de 2009

FemAle na Estrada: Padoca em Floripa

Depois de 6 dias rodando pelas micro cervejarias do Vale Europeu, fui com o Mauro Nogueira para Florianópolis. Como chovia a semana toda, acabamos indo a Floripa exclusivamente para conhecer a Padoca e a galera da ACervA Catarinense. Eles se encontram todas as sextas numa padaria que vende boas cervejas e acolhe e incentiva o movimento dos cervejeiros caseiros.
No dia 24 de abril, estavam lá em peso, quase todos levando exemplares de suas cervejas.



O Mauro levou um post mix da sua Hop Wine, que mesmo depois ter rodado tantos dias no carro, estava maravilhosa e literalmente evaporou em 15 minutos. Todos queriam provar da receita feita pelo lupulomaníaco, rs.
O Marco Zimmermann, que estava a trabalho no Rio, não se agüentou por não estar presente e ligou para saber como estavam o encontro e a Hop Wine.


O Murilo sofreu um leve acidente ao abrir uma garrafa de uma Pilsen, primeira leva de 3 meninos que debutavam na Padoca. Com a explosão ele ficou com uma “tatuagem” da tampinha no gogó (dá pra ver a marca na foto). Nunca tinha visto nada igual!



Provamos muitas e muitas cervejas artesanais, todas MARAVILHOSAS. O Tonera e suas milhões de produções levou quatro: uma Bohemian Pilsen, uma Oktoberfest, uma Tcheca Pilsen e uma Heller Bock (com dupla decocção).
A Opus, do Murilo e Marco Zimmermann esteve presente com uma Strong Golden Ale e uma Porter. O Gustavo levou uma rauchbier feita com 100% de malte defumado que lembra muito a Schlenkerla. A Totus Tuus, feita pelo Anastácio e pelo Pardal estava presente com uma Irish Red Ale. Teve a Rauchbier Nega Fulô do Pannaroto, Alysson e Luciano. E a Weizen do Mauro, receita que acabou de ser escolhida para ser levada à Brasil Brau, em São Paulo, representando a ACervA Carioca na Feira.


Luciano, Mauro, Alysson, Gustavo. Max e Murilo no meio. Panaroto de camisa verde e o Tonera.




E para mim a que foi a maior surpresa e a melhor cerveja degustada em toda a viagem (eu sei meninos ele vai ficar mais metido ainda, mas pode ficar mesmo!!): a Traíra, uma Witbier feita pelo Max. Ele conseguiu acertar exatamente o ponto de uma cerveja altamente complexa e harmonizou muito bem seus temperos: raspas de limão siciliano, semente de coentro, macela e noz moscada. Nenhum se sobressai, a cerveja é muito refrescante e está totalmente dentro do estilo. Parabéns, Max! Uma de minhas primeiras levas será uma Witbier e será em homenagem à Traíra. Espero que fique pelo menos próxima.



Obrigada, Junior, pela recepção na Padoca e boa sorte para o Homebrew Store Bar que vocês vão abrir em Floripa. Adoramos!

Mauro, Júnior e Eu



Ein Prosit!

domingo, 24 de maio de 2009

FemAle na Estrada: Belo Horizonte – Parte 6: Visita à Falke Bier




Uma vez em BH, aproveitamos para conhecer a microcervejaria Falke Bier, que fica localizada em Ribeirão das Neves/MG, aproximadamente 45 minutos de Belo Horizonte.

A Falke Bier é linda! Uma casa no estilo alemão, construída nos padrões das microcervejarias européias, cercada de natureza e cuidados ambientais.

Como já havia dito no post anterior, a Falke Bier produz 3 tipos de chopp e 3 tipos de cerveja. Sendo que a cerveja Falke Tripel Monastérium foi a vencedora na categoria “Produto mais inovador”, no Tecnobebida award 2008.


A Falke Tripel Monastérium é fermentada por aproximadamente 10 dias e depois maturada por mais 10 dias. Depois de feito o priming, ela é envasada em garrafas de champagne e é refermentada e depois novamente maturada numa adega subterrânea, numa temperatura constante de 17ºC. Sem conservantes e sem pasteurização, a Falke Tripel Monastérium tem uma duração de 3 a 4 anos na garrafa. Segundo Edu Passareli, uma ótima harmonização pode ser feita com pratos agridoces, como queijo brie com damasco.

Marco Falcone, sempre muito gentil, nos levou a microcervejaria, apresentou todo o processo produtivo das cervejas e por fim, no espaço de degustações do local, saboreamos as diversas cervejas, com exceção da Falke Tripel Monastérium que tinha acabado!

Adoramos o passei! Aos que não conhecem, eu recomendo!

Até a próxima!


quarta-feira, 13 de maio de 2009

FemAle na Estrada: BH/MG - SLOW BIER BRASIL

Valorização e resgate da cerveja artesanal. Consumo responsável e prazeroso da bebida. Estas são as frases de ordem do movimento Slow Bier.


No mundo em que vivemos, que tem pressa pra tudo, come-se e bebe-se de forma automática, sem se apreciar o que se está ingerindo. Isso tudo, orientados que somos pelas grandes corporações que só visam lucro em cima do inocente e preguiçoso consumidor. Não me levem a mal, digo preguiçoso pela falta de raciocínio crítico que temos em relação a grandes jogadas de marketing. Nos vemos empurrados a amar muito tudo isso que tenha gosto de carne de minhoca, a pedir cerveja não pelo sabor mas porque o comercial nos diz que é a cerveja da boazuda, como se aquela gostosona realmente bebesse (nada contra as modelos, não sou despeitada, sou super a favor do culto ao corpo, afinal, mens sana in corpore sano).


Com essa massificação e automatização, ficam esquecidos e esmagados os bons produtos, os pequenos produtores, aqueles que escolhem os melhores ingredientes, que prezam pelo verdadeiro sabor.


Surge então desse cenário uma necessidade de parar um pouco, diminuir o ritmo e tentar resgatar o prazer de se beber uma boa cerveja, de se comer uma boa comida. Nasce, no que tange à cerveja, o Movimento Slow Bier, movimento de valorização e resgate da cerveja artesanal.


O nome slow (devagar) veio com o Movimento Slow Food, que fazia um contraponto ao Fast Food, comidas para serem engolidas. A comida e a bebida são coisas tão prazerosas que, quando feitas da forma adequada, devem ser apreciadas.


Sou absolutamente contra a condenação sumária de quem bebe cervejas feitas com milho e arroz, puramente comerciais, estupidamente geladas, mas acredito ser muito melhor tomar e apreciar uma cerveja feita com todo cuidado, sentindo-se o verdadeiro sabor do que se está ingerindo. Seu corpo é privada pra você ficar jogando M. lá dentro?


As grandes cervejarias, com suas políticas agressivas, estão aniquilando pouco a pouco nossos artesãos da cerveja, nossos alquimistas. Tudo isso em prol de uma cerveja feita com os piores ingredientes, a fim de baratear os custos e cegar o consumidor.


É preciso, então, proteger esta atividade de valorização do consumo responsável e prazeroso.

No dia 25 de abril de 2009 lançamos no Brasil, capitaneados pelo cervejeiro Marco Falcone, o Movimento Slow Bier Brasil, que ocorreu no Frei Tuck Slow Bier, bar de cervejas especiais de BH/MG, que é parada obrigatória pra quem gosta de boas cervejas.



Um detalhe a ser observado no nome do nosso movimento é a mistura de 3 línguas no título: slow, em inglês; bier, alemão; e Brasil, em português mesmo, com “s”, significando a integração entre os povos.


O símbolo é o lindinho Bicho-Preguiça. Bem brasileiro.


Neste dia, fizemos um brinde simultâneo, via skype, com o Movimento Slow Bier da Alemanha, criadora mundial da campanha, que estava realizando seu festival anual em Oberfranken, a Slow Bier Messe.


“Prost” de lá, “Saúde” de cá.

Um pouco mais tarde, houve outro brinde, dessa vez com o Rio Grande do Sul, através do Leonardo Sewald, que representava os cervejeiros gaúchos.


Tri brinde, tchê



E às 14h brindamos com a galera presente no Bar do Italiano, em Campinas.


Em Campinas, Andrea Sacco comandou o brinde.

A ideia do Slow Bier, segundo Falcone, é “cobrar ações de proteção comercial junto ao governo, como redução da tributação, para que as pequenas cervejarias continuem tendo seu mercado” (texto retirado da Revista Viver Brasil).


O guerreiro, um nome a ser respeitado, um exemplo a ser seguido.


A FemAle Carioca apoia integralmente o Movimento Slow Bier Brasil, em prol da cultura cervejeira. Chega de consumo massivo de qualquer coisa que nos empurrem. Chega de consumo irresponsável. Chega de políticas agressivas em detrimento de pequenos produtores. Chega de cerveja ser coisa de homem, diga-se de passagem.


FemAle Carioca foi pras terras mineiras brindar e apoiar


Viva nossos alquimistas brasileiros e do planeta. A cerveja não tem nacionalidade nem proprietário. Ela é do mundo e é de todos. É uma das bebidas mais democráticas.


Aos guerreiros que leram até o final, agradeço a atenção e ofereço simbolicamente um brinde!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

FemAle na Estrada: Belo Horizonte – Parte 2: Aniversário de 5 anos da Falke Bier

Continuando a viagem, eu e o Ricardo Rosa saímos de Salvador rumo a Belo Horizonte para curtir o Comida di Buteco 2009, mas para minha grata surpresa chegamos a BH no dia do aniversário de 5 anos da cervejaria Falke Bier.






Convidados pessoalmente pelo Marco Falcone, partimos direto para o Frei Tuck para tomar um chopp em comemoração ao aniversário.





Ao chegar encontramos a FemAle Tatiana e o Botto que também tinham saído do Rio direto para o evento. A Falke Bier é uma cervejaria familiar que foi fundada em 2004, a partir da iniciativa dos irmãos Marco Antonio, Juliana e Ronaldo Falcone de trocar suas atividades e investir em um sonho.

Como eles próprios contam: “O objetivo era produzir cerveja, de maneira que ela se tornasse uma paixão, não um produto. Uma bebida com qualidade, com história, com personalidade é apenas conseqüência do envolvimento diário das pessoas que formam a Falke Bier com o seu objeto de desejo. Nossa cervejaria é um lugar único, onde estão em harmonia o ambiente tranqüilo do campo, equipamentos de alta tecnologia e a atmosfera da cultura cervejeira - cultura que divulgamos, incentivamos e procuramos expandir.”


A Falke Bier possui 3 tipos de chopp que são Falke Bier Pilsen, Falke Bier Red Baron e Falke Bier Ouro Preto e 3 tipos de cerveja, Falke Tripel Monasterium, Estrada Real IPA Falke Bier e Falke Bier Ouro Preto.




Começamos a noite tomando um chopp Falke Bier Pilsen, um chopp leve, de coloração dourada e com uma espuma intensa. Bem refrescante! E fizemos o primeiro de muitos brindes com o dono da festa.


Depois partimos para o chopp Falke Bier Red Baron, bem avermelhado, sabor um pouco mais encorpado e espuma também bem duradoura. Dos chopps, o meu predileto!!!


Por último, experimentamos o chopp Falke Bier Ouro Preto, elaborado com malte torrado, é bem escuro, com um amargor característico e aroma de café e chocolate. Excelente!











Toda essa festa aconteceu no Bar Frei Tuck, um lugar super aconchegante, repleto de cervejas especiais e com uma equipe de primeira.

Muitos e muitos brindes foram feitos e muitos chopps degustados!

Uma delícia!
Um brinde à Falke e ao Frei Tuck!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

FemAle na Estrada: Salvador

Continuando a série FemAle na estrada, fui visitar Salvador. O objetivo da viagem era apresentar a cidade ao Ricardo Rosa e aproveitamos para conhecer os integrantes da futura “Acerva Bahiana”.


Durante a viagem fizemos vários passeios. Fomos ao Teatro Castro Alves, à Igreja do Senhor do Bonfim, ao Mercado Modelo, à Igreja da Conceição da Praia, subimos o Elevador Lacerda para andar pelo Pelourinho. Comemos moqueca de siri mole no Yemanjá, jantamos no Trapiche Adelaide, fomos à Lagoa de Abaeté, comemos tapioca em Itapoã, acarajé no Rio Vermelho. Fizemos oferendas para Yemanjá... Ufa! Muita coisa boa!!!


Durante todo o passeio encontramos muita cerveja Devassa e Eisenbahn Pilsen em bares comuns de Salvador.
No meio desta festa tínhamos um encontro marcado com os alunos do curso do Botto, Luiz e Bernardo, que nos deram algumas dicas de bares com cervejas especiais em Salvador, como o Sotero, localizado na Pituba, o Santo Antonio e o Pereira que ficam na Barra e o Irish Pub, que fica no Porto da Barra onde marcamos um encontro para nos conhecermos e tomarmos “umas” pela Bahia.



Chegamos primeiro ao Irish Pub e logo pedimos uma Kilkenny. Eu ainda não a conhecia e ela me agradou bastante. Com uma cor avermelhada e um sabor não muito forte combinou perfeitamente com o clima quente e chuvoso que fazia em Salvador.

Logo chegaram Bernardo, Luiz, Kika (esposa do Luiz), Ed e mais uns amigos. Resolvemos pedir uma “La Brunette”, que não estava muito boa. Como de outras vezes, achamos um pouco acética. Enquanto eles beberam uma Schmitt Sparkling.


Conversamos bastante e descobrimos que eles já estão fazendo sua própria cerveja e que tem um grupo de umas 4 ou 5 mulheres que também estão começando a fazer e degustar como nós!


Resolvemos experimentar a “Amsterdam – Navigator” com 8,4%, porém, como havia nos avisado o Luiz, não gostamos. Achamos bastante doce e sem nada de especial. Resolvemos tomar a já conhecida Eisenbahn Rauchbier, que estava ótima, como sempre.



Por último, voltamos para a Kilkenny com duas partidas de sinuca.










Fechamos a noite com Bernardo, Luiz e Kika num jantar na Pizzaria Colombo.
Excelente!
Foi um prazer conhecê-los!!!

sábado, 2 de maio de 2009

Degustando a Rosas - DudaBier



Finalmente chegou o tão esperado dia de degustar a Rosas, cerveja feita com rosas pela FemAle Duda.

Resolvemos fazer a tertúlia no Humaitá Beer Fest (HBF), que fica no Far Up, mesma rede dos Supermercados Farinha Pura, na Cobal do Humaitá. Lá está rolando toda quarta uma festa com banda de blues, cervejas especiais e alguns pratos de harmonização. Ainda está començando e tomando forma, mas vale a pena conferir.




O convidado de honra dessa vez foi o Serginho Fraga, que levou os filhotes Gabriel e Juju. Também tivemos o Botto, Mauro Nogueira, Ricardo Rosa e Tasso.

O Leandro Ajuz e Tiago, organizadores do HBF, também nos brindaram com suas presenças até o fim.


Tiago (HBF), Duda, Ricardo, Sergio, Leandro (HBF), Botto, Tati, filhotes do Sergio (não sou eu que estou fazendo chifres na criança), Lu, Mauro e Talita


Sem mais delongas, vamos ao que interessa. A Rosas é uma Red Ale, feita com 3 rosas, 1 na brassagem e 2 na fervura, como já dito anteriormente.


Que cor incrível


Quase pronta


Sanitizando as garrafas



Rotulando



A criadora abrindo a criatura


A cerveja ficou de cor âmbar, boa carbonatação. O aroma de rosas combinou muito bem com o de lúpulo, que estava bem marcante. Na boca, o amargor muito gostoso, pedindo outro gole, e outro, e outro...


Gostinho de quero mais



A nova cervejeira


Felizes da vida

No final da noite experimentamos os chopps bock e de trigo da Bierland, trazidos pela Lu de Blumenau. Eles sofreram com a viagem e com a ação do tempo, mas o bock, mais resistente, acabou rapidinho, estava uma delícia. O de trigo é maravilhoso também, já tomei na própria cervejaria, mas não chegou bem à nossa mesa.

Muito bom



O pessoal da meia-noite


Duda, obrigada pela Rosas! Sua primeira cerveja saiu maravilhosa. Unanimidade na degustação.




Um brinde!