quinta-feira, 27 de maio de 2010

FemAle na Estrada: Teresópolis – Visita à Cervejaria Sankt Gallen

Fui convidada pela Irene, supervisora da Cervejaria Sankt Gallen, a fazer uma visita à cervejaria em Teresópolis.

Saímos do Rio pela manhã e ao chegarmos à cidade fomos almoçar num dos restaurantes mais tradicionais de Terê, o Taberna Alpina. A Marcela, que também trabalha na cervejaria, nos encontrou para o almoço.

Pedimos logo a Ebenholz, para eu experimentar. Uma dunkel, puro malte, com aroma de café e sabor bem amargo. Nada de doce. Uma delícia!


Escolhemos os pratos - salsichão e salsicha branca acompanhados de salada de batata, chucrute e repolho roxo - e harmonizamos com uma Teresópolis Gold. Uma premium lager leve e saborosa.


Partimos para a fábrica, que fica no bairro Meudon. Fui apresentada ao Marcelo, mestre cervejeiro da casa, que nos acompanhou durante a visita, explicando o passo-a-passo do processo de fabricação.


Atualmente a cervejaria produz 3 tipos de cerveja, a Teresópolis Gold (premium lager), a Ebenholz (dunkel) e a Sankt Gallen (weissbier), mas está com um planejamento de lançar 2 novos estilos este ano.



A cervejaria é bem grande, com capacidade de produção de 200 mil litros. Provamos todas as cervejas assim que foram engarrafadas e antes da pasteurização. Estavam bem gostosas, mas bem diferentes das que havíamos bebido no restaurante. Com mais aromas e sabores e uma espuma bem cremosa.



O Marcelo retirou um pouco do fermento para me mostrar suas características e explicou sobre o processo de reutilização deste. Vimos também os lúpulos e maltes utilizados nas cervejas.


Por último, experimentei uma double bock, direto do tanque de fermentação, que está em fase de testes. Ainda estava um pouco doce, porque ainda não havia terminado a fermentação, mas estava com ótimo aroma.



Os próximos estilos prometem!

Obrigada Irene, Marcela e Marcelo.

Até a próxima visita.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Degustação Flying Dog

Após uma passadinha rápida, numa sexta-feira, para conhecer o Al Farabi com a Tati, marcamos, eu e Flávia, de participar de uma degustação das cervejas Flying Dog oferecida pela ABRADEG, lá mesmo, na semana seguinte.



Cheguei cedo e fui “esquentando as turbinas” com uma Brooklyn East IPA no balcão, batendo papo com a Evelyn, uma das donas do local. Já havia sido presenteada com esta cerveja pelo meu irmão, Tiago Dardeau. Com 6,8% de álcool e sabor amargo e cítrico é uma típica IPA americana.



Começamos a degustação das Flying Dogs com uma breve apresentação do Pedro da Abradeg e fomos aos trabalhos. A FemAle Flávia chegou um pouco mais tarde e não degustou as 3 primeiras cervejas. A seguir nossas impressões:

1. Doggie Style Pale Ale (5,5% alc, 35 IBU)

. Bom aroma de lúpulo e de maracujá, mas paladar fraco e com pouco sabor de lúpulo.

2. TucOld Sckatch Amber Lager (5,5% alc, 19,5 IBU)

. Aroma caramelo e sabor bem doce, também de caramelo.

3. Tirebite Golden Ale (5% alc, 16,5 IBU)

. Aroma um pouco floral e pouco sabor.

4. Snake Dog (7,1% alc, 60 IBU)

. Sabor amargo, mas pouco sabor de lúpulo, um pouco de caramelo no aroma e sabor.

. Flávia sentiu aroma de lúpulo e alguma fruta cítrica, talvez grapefruit. Aroma melhor que sabor. Sabor amargo, leve e cítrico, com pouco do malte mas o que predomina é o amargor leve, com pouca persistência. Tem bom drinkability.

5. Kerberos Tripel (8,5% alc, 27 IBU)

. Aroma de fermento e doce. Sabor de caramelo e mel.

. Flávia sentiu aroma de mel artificial, fermento fleischman, branquinho da laranja. Não gostou, achou o mel super enjoativo.

6. Road Dog Porter (6% alc, 31 IBU)

. Aroma leve de café. Sabor torrado, café, pouco amargo e um pouco de caramelo também.

. Flávia achou no sabor pouquíssimo café aguado.

7. Horn Dog Barley Wine (10,2% alc, 45 IBU)

. Forte álcool e caramelo e chocolate no aroma. Sabor torrado e doce.

. Flávia achou que pelo aroma e sabor de álcool ela deveria parecer um licor, mas na boca não tinha corpo. Picância do álcool e caramelo. Gostou.

8. Gonzo Imperial Porter (7,8% alc, 85 IBU)

. Aroma torrado com café e chocolate. Sabor de álcool, amargo e torrado.

. Flavinha considerou esta a melhor: porter + lúpulo. Oleosa, escura, corpo médio, aroma de café torrado e lúpulo, sabor de café forte, bem amargo, com aquela persistência do lúpulo ao final.




Foi divertido, mas as cervejas deixaram a desejar.




Vamos compensar no próximo Encontro FemAle: Degustação de IPAs americanas. Em breve!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

FemAle na Estrada: Fim de semana em SP

Na quinta-feira, 5 de maio, peguei a estrada em direção à terra da garoa.

Primeira parada: capital. Forneria Melograno. O bar é simplesmente um dos melhores do Brasil, e foi eleito pela revista Veja em 2009 como a melhor carta de cervejas de SP. Pudera, um dos proprietários é um grande especialista, além de um apaixonado por cervejas, e conduz com muita maestria todo o funcionamento. A carta de cervejas é toda harmonizada com as comidas e vice-versa. Tudo feito por quem entende de verdade, por quem estudou pra isso. Uma harmonização na qual se pode confiar.



A chopeira convidada de quinta-feira teve o chopp Bottobier Munchen Hell, que foi "espetado" às 19h30min e durou míseras 2 horas e meia. O chopp voou. Foi bonito de ver.



Pra forrar o estômago, os famosos sanduíches de forno, feitos com massa de pizza. O Giotto, de cogumelos, é meu preferido, se é que se pode preferir 1 só.

Esse na foto é o de queijos.


Lá, conheci a recente Confraria Paulistana, formada há 2 meses, mas já super ativa. Sorte e boas cervejas a vocês!


Segunda parada: Votorantim. Na sexta, bem cedinho, acompanhei a brassagem da Tcheca, uma bohemian pilsner, lançada pela Biertruppe pela primeira vez em 2008, e que será agora reeditada. Aguardamos ansiosamente por aqueles maravilhosos IBUs.


Tive o prazer de jogar os lúpulos de amargor.


Lá, tivemos a oportunidade de degustar a Biertruppe nº1, uma barley wine maturada em barris de carvalho. Nem vou dar minhas impressões, pra esperar todo mundo ter a chance de degustar quando ela for finalmente pra venda, mas posso adiantar, tal qual o Randy Mosher: "Oh, Brazil! You will have to wait for this beer!"

A Vintage da Biertruppe!


A fervura da Tcheca!


A Biertruppe: Edu Passarelli, Alexandre Bazzo, André Clemente e Botto!

A Biertruppe faz suas produções na fábrica da Cervejaria Bamberg, em Votorantim, 1h de SP. Todas as cervejas da Bamberg são produzidas de acordo com a Reinheitsgebot. Eles têm 5 estilos fixos, pilsen, trigo, rauch, schwarzbier e münchen; e os sazonais bock e alt. Fora isso tudo, ainda estão cheios de novidades: uma munich helles, uma weizenbock e uma weizenbock maturada 4 meses em barril de carvalho e com fermento de champagne.




Essa cervejaria é um show. O diferencial está na paixão com que é feita, no fazer cerveja não só pra vender, mas pra educar, divulgar, visando o desenvolvimento da cultura cervejeira, diferente dos tantos oportunistas que apenas visam ganhos nesse mercado incipiente.



Em julho volto pra lá.


Olhem que lindo: eles vendem Colorado também!



Terceiro destino: Ribeirão Preto. Na alvorada de sábado fomos pra cidade que AMO, praticamente um segundo lar. Me sinto em casa com aquelas pessoas.

O Empório Biergarten, aquela lojinha gostosa de cervejas e artigos de jardinagem, ficou pequeno pra tantas novidades e fez uma bela ampliação. O espaço ao lado, agora, tem mais uma geladeira de cervejas, 4 chopeiras e mais mesas pra acomodação do pessoal.





Gabi e eu no ponto de interseção entre as lojas.


A inauguração foi um luxo. Tivemos chopp Lund, Olimpo (chopp Monasterium da Falke Bier), Colorado Indica e Bottobier Munchen Hell. Os 50 litros do Bottobier acabaram em 3 horas (ou menos, como a Gabi comentou aqui). Frenesi total.

Chopp Olimpo da Falke.

Chopp Colorado Indica


Zé Virgílio, da Pratinha, Marcelo, do Biergarten, e Botto, da Bottobier.


Presentes pra Gabi e pro Marcelo.


Na mala, trouxe algumas cervejas e copos (dá pra acreditar que tem coisa que vale mais a pena comprar lá do que aqui? Eles têm preços MUITO honestos). Trouxe também uma caixa do Refrigerante Maçã Don pras minhas amigas FemAles provarem algo diferente de cerveja.


Os que ficaram até os minutos finais degustaram a Vintage da Biertruppe.


No dia seguinte, um super café da manhã de padaria com os amigos Daniel (abaixado, na foto) e Ana Regina (atrás do Botto), e estrada. Assim, voltamos pra casa, exaustos, em 11h de viagem, mas com sabor de quero mais. Um brinde!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Terminando a noite no Beertaste

Saímos da degustação da Abradeg, eu, Ricardo Rosa, Deyse, Giovanni e Andréia da Balkonn e Marco Falcone, direto para o Beertaste, no Cittá América.

Com Leonardo e Marco Falcone, é claro que a noite foi uma orgia etílica. Começamos a noite experimentando a Brooklyn Brown Ale, que estava ótima e eu ainda não tinha tomado.

Passamos então para o chopp do Botto, que também estava lá. Eu sou suspeita, adoro o chopp bottinho! Bebemos vários, até porque estava em dose dupla!!!


Já estavam todos bem animados, quando o Marco Falcone nos presenteou com uma Vivre pour Vivre, uma fruit beer com Jabuticaba feita a partir da Monasterium Falke Bier, com 4,5% de álcool.


O Marco Falcone falou um pouco sobre como foi produzida a Vivre pour Vivre, o Leo colocou uma música de fundo, e começamos a degustação... Leve, refrescante, pouco azedinha e com um leve sabor de jabuticaba. Imperdível!!! Mas segundo eles, esta cerveja não será comercializada pela Falke.


Infelizmente só havia uma garrafa e acabou....

...mas o Leo não quis ficar pra trás e abriu uma Cuvée Des Champions (2003-2004), da Cantillon, com 5%. Como descrito no rótulo: “Uma gueuze 100% tradicional lambic”. Não tenho palavras. Como alguns já sabem, sou viciada nas lambics. Só bebi dessas, como a que o Leo abriu, na Bélgica. Maravilhosa!!! Bem azedinha, sem frutas, refrescante, tomaria a noite toda! Mas... acabou...


... e logo veio mais um presente do Leo, a Golden Carolus Cuvee Van De Keizer, 2008, com 11% de álcool. Foram duas garrafas dessa, pra vocês verem como o pessoal gostou. Eu, particularmente, acho muito doce. É uma cerveja bem forte, com bastante álcool no aroma.

Depois dessa, fomos embora, já eram altas horas da madrugada de uma quarta-feira....

Mas, e aí, foi ou não foi uma orgia etílica?