domingo, 30 de janeiro de 2011

Presentes do Tio Sam – Parte 2

Após a última noite de degustação das cervejas trazidas dos EUA pelo Diego, do Boteco Colarinho, descobrimos que ele ainda tinha umas últimas garrafas para provarmos. Marcamos um segundo dia de degustação das americanas na casa do Mauro Nogueira. Estávamos eu, Ricardo, FemAle Lu, Mauro, Diego e Thais, filha do Ricardo.



Começamos a noite com caseiras de primeiro nível: Lulúpulo, da FemAle Lu e Fornicale, do Ricardo Rosa.

Passamos para um restinho da garrafa de DCS aberta algumas noites antes e iniciamos a degustação das americanas, sempre intercaladas pelas caseiras da noite.



A primeira cerveja foi a Jack D’Or, da Brewery Pretty Things. Uma Saison American, com 6,5% alc. Cor dourada, leve turbidez e aroma levemente azedo. No sabor: seca, lupulada, condimentada e um amargor rascante agradável. Bem carbonatada. Todos gostaram.



Experimentamos, então, a última garrafa da famosa Hop Wine, de 2008, 11% alc, do Mauro. Estava ótima, nada oxidada, apesar da idade. Perdeu um pouco de aroma, mas manteve o amargor do sabor e a cor cobre.

A segunda cerveja americana foi a Harvest, Sierra Nevada – Northern Hemisphere, 6,7% alc. Feita com “Wet Hopping”, isto é, com flores de lúpulos colhidos com até 24 horas de antecedência. Cascade e centenial que geraram 60 a 65 IBUs. Cor cobre, transparente, leve carbonatação. Muito boa!





A seguinte foi a Oatmeal Stout, de 5% alc, do Mauro e da FemAle Lu. Também estava uma delícia. Leve e bem equilibrada.

Depois veio a primeira garrafa a ser aberta da Ísis D’Orval, 5% alc, uma cerveja minha e do Ricardo. A partir da Ísis, uma amber que eu havia feito em fevereiro de 2010, adicionamos de 30 a 40 ml do final de duas garrafas de Orval e deixamos refermentar e maturar por 10 meses. Com aroma forte de orval, sabor com características típicas do brettanomices mas pouca carbonatação, achamos que ainda não estava pronta, pois havia sido engarrafada no início de janeiro. Vamos aguardar a próxima garrafa.




A terceira cerveja americana foi a World Wide Stout – Dogfish Head, 18% alc. Cor preta, viscosa, calor e aroma de álcool, sabor torrado, leve adocicado, leve baunilha e bem cremosa. Um sucesso!

Quando achávamos que tinha acabado, ainda apareceram duas garrafas não menos importantes: uma Intrepidus Nocturnum II, 14, 5% alc, do Ricardo e do Mauro e uma Barley Wine, 10,6% alc, de 2007, do Mauro. A primeira estava com suas características mantidas e bastante álcool no aroma. A segunda com aroma leve de vinho do porto proveniente da oxidação, um pouco adocicada e leve carbonatação.

Para acompanhar tudo isso, torradas com patê de fígado do Mauro, peito de frango ao Garam Massala feitos na Wok e brigadeiro de colher. Simples e delicioso!!!

Ótima noite de degustações!!

Até a próxima!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Fim de Ano

A seleção de fim de ano!

Super tradicional nos 2 anos de FemAle Carioca é o brinde de ano novo realizado com FemAle-Oculto. Esse ano nos reunimos dia 30 de dezembro, e tivemos a honra de receber a ilustre visita da Ingrid Calderoni, do grupo feminino paulista Maltemoiselles.

As 6 FemAles, a Indrid e o Tiago na barriga da Talita.

Iniciamos a degustação com a porter caseira Cabesas Bier, presenteada pelos cervejeiros uruguaios Rodrigo e Cecília, que vêm nos visitar em abril.



Abrimos então alguns presentes comprados no Delirium Cafe pela FemAle Flavia, e começamos com a italiana Noel Baladin, 9%abv. É uma cerveja bem gostosinha, proeminência de caramelo no aroma. No sabor, não é doce, não sendo nada enjoativa.


A segundona foi a St. Feuillien Christmas Noel, degustada com os panetones premium da Casa Suíça, que são sensacionais. A cerveja é bem equilibrada, ótima.

St Feuillien e Clarinha Botto ao fundo.

Na sequência, Delirium Christimas, que é uma excelente cerveja. Estava com um pouquinho de acidez, mas não comprometeu nada essa deliciosa belgian strong dark ale, muito pelo contrário.

Olha a Ingrid aí atrás.

O Botto nos presenteou com a Biertruppe Vintage, barley wine maturada em barris de carvalho, pra ser degustada com tender marinado por 12 horas em ... biertruppe vintage. Ficou incrível. E por incrível que pareça, também harmonizou muito bem com chocotone.rs.

Flavinha, Fred e Biertruppe Vintage

O próximo presente foi trazido pelo Ricardo Rosa: sua caseira,  nacional e internacionalmente  premiada, Inveja de Baco, uma barley wine de muito respeito, das melhores que há. Realmente sensacional.

Mestre Ricardo e sua Inveja de Baco

Tendo nosso tender "voado", nos rendemos ao couvert do La Mole, em domicílio.

Apetitoso, né!?
O Botto nos premiou com a praticamente raridade Eisenbahn Dama do Lago, uma belgian strong dark ale campeã do I Concurso Eisenbahn.

Cerveja que envelhece cada vez melhor.

Direto do Mamãe Bebidas, de BH, veio o presente Malheur 12, uma belgian strong dark ale de ótima qualidade.

Laurinha Nogueira ao fundo


 Realização do FemAle-Oculto:

Flavinha tirou Tati
Tati tirou Duda.

Talita tirou Regina
Duda tirou Talita
Regina tirou Lu

Lu tirou Flavinha



A Duda então nos brindou com sua caseira defumada, simplesmente chamada Defú!

Cervejinha campeã de excelente drinkability! Quem disse que não se pode beber uma rauch um dia inteiro?

E, por fim, trufas de chocolate trazidas pela Regina com Baden Baden Christmas Beer.


Foi uma deliciosa noite, também contada pelas Maltemoiselles, pra esperar as boas cervejas que 2011 nos trará! Um brinde!


Todos juntos!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Double Chocolate Stout + Caseiras

A reunião era para degustar com calma a Double Chocolate Stout, no final do domingo na casa do Mauro. Mas, pra variar, além dela acabamos degustando várias caseiras.


Começamos a tarde/noite com a DCS, a receita surgiu da feliz parceria entre o Mauro, o Ricardo e o Carlos Bolzan da Dado Bier. Estamos falando do Lote 001 de uma cerveja que levou 3 anos para chegar nesse ponto. A Double Choolate Stout tem 10,5% abv. e está sendo distribuída em uma belíssima garrafa de cerâmica, para poucos sortudos do meio cervejeiro.

Ela tem espuma cremosa, de cor dourada marrom, com pouca sustentação.
No aroma, torrado, leve chocolate, leve baunilha.
Com baixa carbonatação, no sabor sentimos torrado, leve chocolate, calor do álcool e a viscosidade vinda da aveia - sim ela leva aveia. Não é doce e tem ótimo drinkability apesar de seus 10,5% de álcool. Ao esquentar no copo, vai ficando licorosa.

Uma cerveja deliciosa, muito equilibrada e que espera o bom senso do MAPA do Rio Grande do Sul para aprová-la.

Partimos então para uma degustação de Caseiras.
Começamos com a Junka Beer Double Vienna do André Junqueira de Curitiba. Ele foi o ganhador do V Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, realizado em junho de 2010 em Porto Alegre, na categoria Märzen. Uma lager, com 7,6% abv. e 36 IBUs, encorpada, levemente adocicada, bem carbonatada, turva, de cor dourada e com um belo rótulo. A garrafa foi um presente enviado ao Mauro e segundo ele a proposta é unir o estilo clássico à já também clássica mania dos americanos em pesar a mão no lúpulo, fazendo tudo virar double.



Aproveitando que eramos poucos, fizemos a degustação horizontal do six pack Single Hop IPA, invenção da parceria entre os cervejeiros caseiros Phillip Zanelo de São Paulo e Alan Gregor de Piracicaba/SP. Eles formavam a Cervejaria Brix.








O pack era formado por 6 garrafinhas de 330 ml, de uma India Pale Ale feita exatamente da mesma maneira, porém cada garrafa apresentava uma variedade diferente de lúpulo. O amargor foi ajustado para 40 IBU´s, de modo que a potência e a persistência também pudessem ser comparados. Os lúpulos eram Aurora, Bobek, Citra, Nugget, Simcoe e Summit.


A IPA estava bem feita, equilibrada e perfeita para o teste a que se propunha, com boa carbonatação, turva, cor dourada, seca. Vamos às nossas impressões:

Summit: aroma frutado, maracujá;
Simcoe: aroma de maracujá com ótimo equilíbrio no amargor;
Nugget: aroma terral, um pouco menos amarga, foi o que mais agradou;
Citra: aroma artificial de maracujá, lembra suco em pó, mais amarga que as outras;
Bobek: leve cítrico, sabor herbal, terral, bem amarga, porém de uma maneira geral não deixou boas impressões;
Aurora: leve tangerina e muito isovalérico - o famoso chulé, muito comum ao usar lúpulo velho. Foi interessante perceber o defeito tão evidente depois de experimentar as outras e saber que estavam muito boas.

Estávamos na casa de um lúpulo maníaco e é claro que ele logo teve a ídeia de misturar amostras para vermos os resultados. As três com 50% de cada amostra:

Nugget + Citra: o Mauro aprovou, segundo ele lembrou a Snake Dog, IPA da americana Flying Dog. O maracujá sumiu e apareceu um amadeirado;

Simcoe + Nugget: a mistura ficou ótima, o aroma continuou com maracujá;

Citra + Summit: o citra se sobressaiu muito sobre o Summit e o maracujá continuou muito forte.


Todos aprovaram a experiência e várias idéias surgiram. Fica a dica para novos experimentos.


Partimos então para o jantar, um risoto de truta defumada, feito a 8 mãos que ficou dos deuses!!!

Enquanto o jantar não ficava pronto, abrimos mais um presente do Mauro.
Uma única garrafinha da Venenosa Imperial Milk Stout. Produzida pelo Paulo Cavalcante também de Curitiba, tem "apenas" 14,5% de álcool. No aroma, torrado, levemente doce, caramelo, viscosa. Como leva lactose, no sabor é adocicada, porém no ponto certo, com calor do álcool bem equilibrado. A cerveja agradou bastante a todos.

E pra fechar a noite o Ricardo nos presenteou com uma garrafa da Teddy Bear Kisses, trazida por ele dos Estados Unidos, uma Imperial Stout produzida pela Upland Brewing Co., com 10,2% de álcool, engarrafada em 10/2010. Torrada, nada doce, brm carbonatada, chamou atenção pelo amargor exagerado e desequilibrado. Harmonizada com brigadeiro de colher o amargor passou a ser tolerável, a cerveja quebrou um pouco o doce do brigadeiro e a harmonização ficou agradável.


Uma noite deliciosa, cheia de boas surpresas.

Cheers!

Que 2011 venha com muita cerveja boa, bom senso dos orgãos competentes na liberação de novas cervejas e saúde para todos nós.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Presentes do Tio Sam

Saindo do Aconchego Carioca, após a incrível, divina, marco de uma vida, degustação da DCS, decidimos tomar uma saideira especial na minha casa. Foi a vez dos presentes trazidos pelo Diego, o amigo do Boteco Colarinho, dos EUA, especialmente pra nós.


Pra abrir a noite, uma belgian strong golden ale de 10% abv, a honesta Malheur 10.


Abrimos então o primeiro presente: a Infinium, 10,3% abv, fruto da parceria entre a cervejaria mais antiga do mundo, Weihenstephaner, e a americana Samuel Adams, seguindo a Reinheitsgebot, e utilizando o método de champagne, segundo o site da Samuel Adams. Cerveja frutada, cítrica, picante, de alta e delicada carbonatação. Estava um pouco ácida, mas ficamos na dúvida se era próprio do estilo ou não. Por pesquisas na internet, achamos que não, mas vai que... 



Diego e nossos presentes!
O segundo presente foi a misteriosa Brooklyn Black Ops. Uma imperial stout maturada  por 4 meses em barril de bourbon, e refermentada com fermento de champagne. O nome remete aos antigos arquivos secretos da CIA, e seu rótulo conta a seguinte história: "Essa cerveja não existe. Mas se existisse, seria uma robust stout preparada pela equipe cervejeira da Brooklyn sob sigilo e escondido de todos os outros  funcionários da cervejaria. Supostamente, "Black Ops" foi maturada por 4 meses em barris de bourbon,  e refermentada com fermento de Champagne, criando sabores de chocolate e café com uma notas de baunilha e carvalho. Dizem por aí que só há 1000 caixas. Nós não fazemos ideia dos que eles estão falando."

Aromas de chocolate ao leite, baunilha e bourbon. Oleosa. Álcool bastante presente tanto em aroma quanto em sabor, mas sem pesar. O sabor se sobressaiu bastante ao aroma. Vale a pena ver se existe ou não.

Com o nível tão alto, não poderíamos baixar, e abrimos uma divina Olah Dubh 40, com piercing.  A cerveja, mais seca, nos pareceu mais objetiva do que a anterior, os aromas e sabores de café, chocolate amargo e "single malt" são bem marcados.



De saideira, Biertruppe Vintage, maturada por 100 dias em barricas de carvalho.


Noite histórica! Um brinde!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DCS



Na última “terça-sim”, encontro aberto realizado pelos associados da Acerva Carioca, no Aconchego Carioca, tivemos o prazer de degustar a primeira garrafa da Double Chocolate Stout (DCS), aberta pelos responsáveis pela receita.

A DCS é uma cerveja produzida pela cervejaria DaDo Bier, de Porto Alegre (RS), em parceria com os cervejeiros caseiros cariocas Mauro Nogueira e Ricardo Rosa , e contém na receita nada menos do que chocolate Kopenhagen 70% cacau.

Além de linda, a cerveja está sensacional!!! Encorpada, bem equilibrada, seca e com aquele gostinho de chocolate no final, mas sem baunilha! Uma delícia!!!!!

As fotos mostram o sucesso!!!!


Mauro e Ricardo - responsáveis pela receita


Carlão abrindo a primeira garrafa



Enquanto um serve o outro sente os aromas!



Ricardo e Mauro com as FemAles



Todos os sortudos presentes no dia.
Por enquanto esta maravilha ainda é exclusividade para poucos, porque ainda não teve a autorização do MAPA para comercialização, como vocês podem ver melhor neste artigo do Brejas.
Não vamos desistir!
Até a próxima!