sábado, 27 de agosto de 2011

FemAle na Estrada: Niterói


Depois de várias promessas, peguei carona na van da Acerva Carioca e fui, com a FemAle Tati, conhecer os famosos bares de cervejas especiais de Niterói.

O circuito passou pelo Cervisia 1516, no centro de Niterói, depois pela Cervejaria Nói, em Itaipu, e por último, no Granel Armazém e Botequim, em Piratininga.

Cervisia 1516

Localizado no centro empresarial de Niterói, possui uma ampla carta de cervejas especiais (nacionais e importadas), chopp, petiscos e refeições.

Inaugurado em setembro de 2010, pelo associado da Acerva Carioca, Rogerio Marinho, que, após 5 anos fazendo cerveja caseira, resolveu abrir um bar especializado em cervejas especiais.

Após a excelente recepção pelo proprietário, partimos para uma pequena degustação: caldinho de frutos do mar, Maravilha de Bacalhau, Punheta de Bacalhau e Costela Suína ao molho Barbecue. Tudo excelente!!! Para acompanhar: chopp Teresópolis, cervejas Erdinger Pikantus, Bamberg Alt, Bierland Vienna, entre outras.

Cervejaria Nói

A primeira microcervejaria de Niterói foi inaugurada no primeiro trimestre deste ano. Com a frente de vidro, mostrando os tanques fermentadores, e ao fundo um restaurante enorme, ela é chiquérrima!

Os cervejeiros Gilmar (gaúcho) e Leonardo Botto (carioca), produzem as seguintes cervejas: Bionda (Pilsen), Nera (Schwarz), Rossa (Irish Red Ale), Bianca (Weizen), Avena (Golden Ale com trigo, aveia e mel).

A produção é de 28 mil litros/mês. Vale a pena conferir!


Granel Armazém e Botequim

Ao entrar no Granel nos deparamos com uma enormidade de produtos antiquíssimos: mesas, cadeiras, lustres, liquidificadores, torradeiras, garrafas, copos, taças, geladeiras repletas de cervejas especiais, e muitos outros. Simplesmente espetacular!!!!

Resolvemos logo experimentar os tradicionais bolinhos de arroz negro: uma porção com queijo provolone e outra com frutos de mar, acompanhado de Bierland Vienna.

Depois partimos para os canutilhos de polenta com molho gorgonzola, com colorado Indica, e jiló cozido com queijo e bacon, com Bamberg Alt.

Cada cerveja numa taça diferente, mas não aquelas apropriadas a cada estilo, mas taças de décadas passadas, te remetendo a uma nostalgia deliciosa!!!

Para completar, um grupo de chorinho nos agraciou com um repertório de primeira.

Parabéns aos três bares de Niterói. Espero voltar em breve!!


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Na Estrada: Festival Gastronômico de Ipiabas

Esse fim de semana foi agitado no mundo da cerveja. Criando o fenômeno da onipresença, as FemAles se dividiram e conseguiram estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
As FemAles Duda e Lu foram para o evento Beer Experience (SP); A FemAle Flavinha comemorou o primeiro ano de um dos nossos bares preferidos, o Delirium Café (RJ); e eu prestigiei o I Festival Gastronômico de Ipiabas(Barra do Piraí-RJ). Gastronômico? É isso mesmo, caros e caras. Mas teve também cerveja. Começo eu com o primeiro capítulo da saga de 20 de agosto.

Ipiabas é distrito de Barra do Piraí, cidade a 100 km da cidade do RJ. E junto com seu VIII Festival de Inverno, a 2M Soluções Gastronômicas (Panela Brasil) e a Prefeitura organizaram o I Festival Gastronômico, que certamente entrou pro calendário da cidade.

Foram 15 dias de aulas de gastronomia, manipulação de alimentos, dicas para restaurantes, abertas ao público.

Os Chefs organizadores, da Nossa Panela Brasil.

O local onde aconteceram todas as aulas e jantar final
Na sexta-feira, 19, à noite, cheguei para o último finde. Já nesta noite assisti o seguinte: receitas de massa sem glútem, que é super leve e deliciosa, com o Chef Chico Geraes; aula de caipirinha e degustação da cachaça Magnífica, feita pelo casal João Luis e Cal; degustação dos premiados queijos Cruzília, que sofrem com legislação para diversificar tanto quanto os cervejeiros; pra finalizar, degustação de vinhos portugueses. Mais tarde, apenas apanhei à beira mar um táxi pra estação lunar, com o incrível show do Zé Ramalho.
Chefe Chico e as massas sem glútem

Queijos Cruzília e Vinhos Sarmento
O sábado começou 12h, com stinko de frango e risoto de funcho da Chef Paula Labaki (SP). Na sequência, carré de porco com espuma de cagaita e duo de purê de abóbora com curry e batata doce com gengibre com Marcia Pinchemel (Pirenópolis-GO);

Acima as comidinhas da Paula, e abaixo a Marcia com sua produção
A próxima foi a Celia Rabelo (Mato Grosso), com seu PacuPizza; depois, Carré de frango ao molho de curry vermelho com purê de batata barôa, do Chef argentino Ignácio Brizzi;

Celia e o peixe de água doce Pacu, fazendo as vezes da massa da pizza.

Chef Ignacio: "A simplicidade é o último degrau da sofisticação"
Cauda de Jacaré com purê de inhame e banana da terra, do Chef Barão, que é proprietário de um restaurante bem peculiar em Itaipava-RJ. A cozinha fica no meio do salão e os pratos, feitos ali na hora, vão direto pra sua mesa. Ele não é aberto ao público, só funciona mediante reserva.

Filé de cauda de jacaré!
Tivemos também histórias sobre as comidas de antigamente, em que havia a separação entre a Casa Grande e a Senzala. O mais legal é que se acabou com o mito de que a feijoada seria proveniente de senzala. Não e não, como diria minha chefe.

Frango encapotado com o Chef João Belézia (SP); Cozinha molecular com o Chef paulista Cássio Prados, em que aprendemos sobre a estrutura dos alimentos e brincamos com as modificações e texturas possíveis. Nessa demonstração, ele colou, com uma cola de proteínas chamada transglutaminase, atum em salmão. Bem legal.
Frango Encapotado

Cassio Prados e a inovação da cozinha molecular
Finalizando o ciclo, Leonardo Botto fez uma degustação-harmonização de cervejas. Weihenstephaner com canapé de brie e geléia de beterraba e pimenta, que surpreendeu o povo pela textura e cremosidade da cerveja; Bamberg Rauchbier com o fingerfood cebola de bamberg recheada de carne de porco, com redução de bamberg defumada, impressionou pelo sabor defumado da bebida, e por ir tão bem com a cebola; 

Weihenstephaner!
Incrível esse finger food
 Carolus Cuvee Van De Keizer com escondidinho de gorgonzola e cordeiro, surpreendeu pela força do álcool, tão equilibrado, e o sabor incrível (é claro que essas não foram as palavras que eu ouvi da galera, mas um resumo mais objetivo. Exemplo do que ouvi: "caramba, tem tanto álcool assim? nem dá pra perceber. Que delícia!"; Floris Framboise com cheese cake de framboesa em redução da própria Floris, a preferida das 4 senhorinhas de 80 anos sentadas na primeira fileira, que pediram pra repetir; 


Essa redução da Floris pra cobertura da Cheese Cake foi demais
E, last, but not least, a inglesa Youngs Double Chocolate Stout com brownie e sorvete, uma surpresa geral como um cerveja de chocolate pode não ser enjoativa ou doce.

Pra mim, foi uma surpresa a tão boa recepção do povo a cervejas tão diferentes das quais estão acostumados. E o mais legal, quando o palestrante comentou sobre o conceito de mulher gostar de cerveja docinha, que achava isso "puro preconceito", aplauso geral do público. Chorei! (sentido figurado, é claro, mas é o que nós, FemAles, tentamos mostrar desde o começo).
Finalizando, um jantar pra 100 pessoas com o Chef Guga Rocha, apresentador do Homens Gourmet, do canal Bem Simples, que eu sempre assisto. Aliás, o cara é também bem simples. Uma comédia!

Patê de fígado de frango, patê de gorgonzola afogado na pinga, e galinhada quilombola, acompanhados de Göttlich Divina
Domingo ainda tivemos ragú de linguiça artesanal, inhame-palha frito, e duo de Cará-do-Ar, com o Chef Lucas Mendes; Palha italiana de Silvana Viveiros (Itaipava-RJ), que eu comprei um monte pra provar melhor durante a semana, e aulas pras crianças.
Lucas Mendes com o ragu de linguiça

Os produtores da Palha Italiana
Tudo que eu falei acima: de graça! A Prefeitura, a Secretaria de Turismo e a Nossa Panela Brasil estão de parabéns por essa iniciativa. Um novo mundo se abriu pra mim. Fiquei encantada com a Gastronomia. Ó, e todas as receitas acima vão pra

Um brinde e bom apetite!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Brasil Brau

2011 foi o ano da Brasil Brau, uma feira que ocorre a cada 2 anos, voltada para a indústria da cerveja. Organizada pela Cobracem (Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte), a BB reúne mais de 100 expositores, dentre microcervejarias, produtores de insumos e equipamentos, e uma boa novidade desde 2007, cerveja caseira.

Simultaneamente à exposição, ocorrem várias palestras super interessantes, e também há um espaço destinado à degustação da nossa bebida preferida.


Programa Extra Malte direto da Brasil Brau





Em 2007, a ACervA Carioca levou 33 estilos de cerveja pra serem degustadas no Degusta Beer. Lembro que foi lançada a Monasterium, da Falke Bier.

Eu e Regina no estande da Krones, em 2007.
Em 2009, as outras ACervAs também se fizeram presente, a FemAle Carioca lançou sua logomarca, e tivemos o lançamento da primeira microcervejaria carioca proveniente de cervejeiro caseiro, a Fraga.

Lançamento da logo em 2009
Nesse ano, tivemos o estande da ACervA Brasil, e a oportunidade de encontrar vários amigos.

Botto, Marcelo, eu e Gabi, do Empório Biergarten (Ribeirão Preto - SP)
Luiz Cravo, fundador da ACervA Bahiana
Duda, Stela, cervejeira da Othomania, e eu
eu, Raphael, blog All Beers, e Botto
Marcelo Carneiro, Duda, Marcy, Serginho Fraga, Botto, Maurinho e Ricardo
Duda e eu com o queridíssimo Vitório, do Bierkeller - RS
O mais legal da feira, na minha opinião, foi o crescimento de produtos em exposição para cervejeiros caseiros. Fora isso, incríveis lançamentos de cervejas, e a possibilidade de se provar cerveja do Brasil todo em um só local. 3 dias são poucos pra tanta variedade.


2013 chegue logo, por favor! Um brinde!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

FemAle na Estrada: Lumiar – Ninho de Guaxo


Semana passada consegui um espaço na agenda e fui, com o Ricardo Rosa, conhecer o Ninho de Guaxo, em Lumiar, na região serrana do Rio de Janeiro.
Há mais de um ano que a Geovanna e o Gustavo Ranzato nos convidaram para visitar a cidade e experimentar o chopp Ranz, mas ainda não tínhamos conseguido ir.
Chegamos em Lumiar na sexta-feira a noite e o Ninho de Guaxo já estava fechado. Acordamos cedo no sábado para aproveitar o dia e demos uma passada na loja para cumprimentar os donos. Já fomos recebidos com dois chopps deliciosos: um Pale Ale com lúpulo citra e um Tripel! Altina, mãe de Gustavo, que tem uma loja ao lado do Ninho de Guaxo, estava lá apoiando com as explicações sobre as cervejas e atenção aos visitantes.
A loja é linda! Super bem decorada, com vários artesanatos da região, um espaço só de cachaças e, claro, a cerveja e chopp Ranz!
Demos uma saída para curtir a cidade, tomar um banho de cachoeira e almoçar uma saborosa truta, no Bar Maria da Toca, ao lado da cachoeira Toca da Onça, num ponto imperdível, indicado pelo casal.
Final da tarde, retornamos para o Ninho de Guaxo, quando o Gustavo nos contou a história de lá.
Tudo começou cinco anos atrás, quando o Gustavo e a Geovanna resolveram abrir uma lojinha de artesanato. Era uma loja pequena, um pouco bagunçada e com bastante coisa, daí veio o nome Ninho de Guaxo. Eles já moravam em Lumiar há 3 anos, quando o Gustavo foi trabalhar com engenharia no local.
Um belo dia, um amigo do Gustavo comentou sobre a produção de cerveja caseira e ele se interessou. No final de 2009, participou do curso de produção de cerveja artesanal do Leonardo Botto e logo começou a produzir e vender a produção na loja de artesanato.
A cerveja fez tanto sucesso, que eles ampliaram o Ninho de Guaxo: colocaram algumas mesinhas do lado de fora, duas geladeiras (uma de copos e garrafas e uma customizada para chopp), montaram um cardápio com petiscos e partiram para a produção.
Atualmente, eles possuem 7 cervejas regulares: Weiss, Witbier, Light (lager), Tripel, Orgânica, Red Ale e Stout. E, de vez em quando, o Gustavo inova. Ele preparou a Lumiar Fantasy, edição especial para uma festa da cidade e também já fez Brown Ale e Rauchbier. Nesta semana, ele estava servindo, pela primeira vez, a excelente Pale Ale com que fomos recebidos pela manhã.
O negócio cresceu tanto, que a produção de 50 litros do Gustavo não tem dado conta da procura e ele está ampliando a cozinha de produção da cerveja para 250 litros.
Domingo, não resistimos e demos mais uma passadinha por lá. Experimentamos mais três cervejas: a Light, uma lager, seca, para atrair os novatos em cervejas especiais, a Witbier, bem característica, com coentro marcante e casca de laranja e a Rauchbier, com mais da metade de malte defumado, mas bastante equilibrada no sabor. Todas muito boas!
A cidade é aconchegante, as cachoeiras são lindas, as noites estreladas e o Ninho de Guaxo sensacional!!!
Parabéns a cervejaria Ranz pelo sucesso!
Voltaremos em breve!
Até a próxima!