segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meantime Raspberry no Beertaste

Lu, Duda, Leo, o dono do paraíso, e yo
Fomos semana passada ao lançamento da Meantime Raspberry, no Beertaste.
É uma cerveja bem gostosa, com toque azedinho, bem seca. Usando-se a técnica de mastigação, é possível sentir o sabor de framboesa.
A preferida da Duda
Depois resolvemos ir de IPA. O que é essa IPA? Laranja bem escura, tem um super brilho. É muito boa, ótimo corpo, muito equilibrada.
Uau!!!
Resolvemos continuar na linha Meantime e pedimos uma London Stout. Bastante aroma de torrado, café e chocolate, mas com menos corpo do que gostaríamos. Mas dentro do estilo.

Boa cerveja!

 
Na sequência, London Porter. Bem petróleo. Equilibrada, leve, bom final de torrado. Achamos bastante chocolate no aroma e sabor.


A modelo na frente. Ao fundo: eu e as tatuagens do Leo

Resolvemos então ir pro lado belga e tomar o chopp Maredsous 6, que já tinha sido lançado no Belgian Beer Paradise e agora está só no Beertaste.

Que delícia poder beber chopp belga no Brasil
O Leo então nos ofereceu essa magnificência divina que é a Carolus Cuvée Van De Kaiser 2004.
Eu já tinha experimentado a 2001, mas essa me agradou muito mais. No aroma tem bastante vinho do porto, frutas vermelhas e baunilha. O sabor tem caramelo, butterscotch, baunilha. Adocicada, mas nada enjoativa. Muito gostosa. A 2001 não tinha gostado tanto por ter muito de frutas vermelhas.


Isso é que é presente




Mais uma visita triunfal a um dos meus preferidos: Beertaste. Só sobrou o gosto de quero mais!

Inglesas posando pra foto!






Agora os felizes beberrões: FemAles, Ira e Puga (2 amigas da Duda), Leo, Giovanni Calmon (atrás) e Botto




Brindes!!!

sábado, 29 de agosto de 2009

Chopp Maredsous 10

Seguindo a série dos chopps Belgas servidos no Belgian Beer Paradise, a FemAle Carioca foi experimentar no dia 21 de agosto o lançamento do Chopp Maredsous 10.
O chopp estava maravilhoso!!! Bastante alcoólico, cítrico, mas muito equilibrado, bem fácil de beber.
Aproveitamos a visita e tomamos a Kwak, uma das minhas cervejas prediletas. E com o charme dos copos, ela estava ótima, como sempre!

Ana Puga – convidada pro encontro

Pra finalizar resolvemos experimentar a Leute Bock Bier, uma novidade para todas as FemAles. Com aparência marrom turva, espuma bege de longa duração, aroma caramelo, chocolate, torrado, café e baunilha e sabor adocicado, um pouco maltado, retrogosto de chocolate ao leite, retronasal com uma nota de defumado. Final mais amargo por causa do torrado. Gostamos bastante.

Esperem os próximos!

Até lá!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vinho de cevada


A Barley Wine é um dos meus estilos favoritos de cerveja, tanto pelo corpo, quanto pelo teor alcóolico mais elevado. Há algum tempo estávamos querendo promover uma degustação harmonizada de cervejas do estilo, o que foi feito no último dia 14 na casa da Lu. Os nossos convidados habituais, Ricardo Rosa, Mauro Nogueira e Tasso Marcelo também estavam presentes para nos servir e nos acompanhar na árdua tarefa de experimentar cervejas que começaram com 7,2% de teor alcóolico e foram até 10,5%. O Mauro e o Ricardo levaram pra degustarmos no pós-trabalhos uma prova da Intrepidus Nocturnum 1, uma super stout de 11,6%, maravilhosa.

De convidados inéditos tivemos o cervejeiro Lúcio Fialho e a mulher, Mônica, além da Carol, a responsável pelo lindo logo da FemAle carioca, e a Karine, irmã da Lu. O Lúcio, muito gentil, nos levou algumas garrafas de cerveja produzidas por ele e o Daniel Caruso. Uma delas foi uma dubbel na qual usaram, na primeira fermentação, cepas coletadas de uma garrafa da “Gouden Carolus Cuvee Van de Keiser!!! e, na segunda fermentação, levedura coletada da Orval !!!. Esses meninos não são o máximo???


Nós e as convidada: Mônica (de preto, na frente) Carol (de branco, na frente), Karine (de preto, encostada na parede ao fundo e levantando o copo).


A Carol ganhou um kit com as cervejas de três FemAles que tinham levas prontas (Duda, Lu e Regina)

Além da Traquair, Golden Pride, Red Ale, Gulden Draak e St Bernardus, tivemos ainda uma cerveja fabricada pelo Mauro Nogueira e que passou 12 meses enterrada no sítio da família em Teresópolis. Este líquido precioso tem 10% de teor alcóolico e foi batizado de "A Exumada". "A minha cerveja era uma tentativa de copiar A Inveja de Baco, receita de barley wine do Ricardo vencedora do 2º Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, em 2007. Mas deu tudo errado. O malte que eu tinha não deu a densidade esperada, eu tive que colocar açúcar, o fermento trabalhou diferente do esperado mas, no fim consegui a densidade programada. Parte da leva foi enterrada dentro de uma caixa de isopor super fechada e exumada este mês", conta Maurinho.


Lúcio, em pé, e os habituais Mauro, Ricardo e Tasso


E foi o Maurinho mesmo que nos fez uma apresentação sobre o estilo. "A Barley Wine é uma cerveja que tem um quinto elemento, o tempo de garrafa. Além do malte, água, lúpulo e fermento esta é uma cerveja em que o tempo pode influenciar muito positivamente no resultado final", garante.

A primeira a ser degustada foi a Traquair (7,2%), que tem teor alcóolico menor do que o estipulado pelo BJCP para o estilo. Uma cerveja com pouco corpo, baixa carbonatação e doce. A Golden Pride (8,5%) é bem equilibrada e mistura o doce do malte com o amargor do lúpulo. Na minha opinião e na da Flavinha, ela apresenta ainda um toque spicy, uma picância. Ela é mais licorosa, tem bom corpo e boa carbonatação. Em seguida veio a Red Ale, da Baden Baden. Infelizmente estava oxidada e com uma cor diferente do original que todas nós não nos furtamos de tomar sempre que dá.

O danadinho do Mauro fazendo graça, como de praxe!


A quarta cerveja foi a St Bernadus 12 ABT que nos foi indicada como Barley Wine, mas parece mais para uma trippel. Com 10% de teor alcóolico, ela tem aroma bem cítrico, uma mistura de azedinho e adocicado que lembra frutas vermelhas. Muito gostosa, apesar de não ter nada do estilo. A Exumada chegou com sua cor rubi, bem licorosa, alcóolica, com notas de amadeirado, de baunilha e de álcool. Por último veio a Gulden Draak (10,5%), aroma de caramelo e baunilha, sabor um pouco torrado, levemente adocicada e alcóolica. Bom corpo e bem equilibrada.

A Exumada foi a grande vitoriosa da noite, na preferência feminina. Apenas a Duda votou na St Bernardus ("mesmo fugindo do estilo da Barley Wine, eu gosto mais desse tipo de cerveja", explica ela) e a Monica e a Carol, que gostaram mais da Gulden Draak.
















Flavinha suplicando "Me dá, me dá mais um golinho da Intrepidus". Ganhou no grito!!



Feliz da vida com o copinho extra

Depois da bebelança, veio a comilança. Além de, claro, termos degustado cervejas levadas pelo Lúcio. Ele, aliás, nos contou que a Mônica também gostou do encontro e que no dia seguinte começou a ler sobre a Barley Wine...


Maurinho carbonatando a Exumada

De prato principal servimos um penne com molho de gorgonzola, receita da Duda







Sobremesas: mousse de chocolate, que a Tatinha levou, e trufas deliciosas, que a Flavinha nos trouxe


A rangadeira era algo apenas natural....










A turma toda curtiu e o encontro virou rave novamente.. Os últimos (hehe) ficaram até depois das 4 da manhã.


Um brinde da galera toda

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

FemAle em degustação da Confraria do Marquês no Lapa Café

As cervas degustadas


Na última quinta-feira, eu e a Lu participamos de uma deliciosa degustação promovida pelo Maurinho e pelo Tiago (Confraria do Marquês), no Lapa Café, um espaço novo e muito charmoso na rua Gomes Freire 453, no centro do Rio. O Tiago nos conta que a iniciativa surgiu de uma repentina paixão do José Fernandes, o Júnior, pela cerveja especial. "Ele descobriu a Brasil Brau numa noite, pegou um avião para Sampa e, no dia seguinte, por volta das 15 horas, apareceu no stand da AcervA Carioca inebriado com o clima da feira e com as cervejas que havia degustado". Não deu outra, resolveu vender cervejas especiais na sua novíssima casa e abriu as portas para a Confraria.



Vinte pessoas participaram da degustação,


entre elas alguns cervejeiros

As cervejas escolhidas pelos mestres foram oito: Franziskaner Hefe, Abbot Ale, London Porter, Leffe Blond, Colorado Indica, Baden Baden Red Ale, Paulaner Salvator e Urthel Belgian Strong Ale.



Além destas, o Mauro levou ainda uma Weizen dele, servida no lindo lindo Growler (esse menino tira onda!), e ainda duas garrafas de Red Ale _ numa delas ele usou o dry hopping e era bem perceptível o aroma mais forte da nossa plantinha querida. A Andréa Calmon, da Balkonn, levou também uma Strong Suffolk.


"Para tudo!", diz o Júnior ao ver o Growler dos meninos


Tiago fez as honras...



Adicionar imagem Maurinho distribuindo material de apoio


A cervejas foram escolhidas, segundo o Tiago, para representar as escolas alemã, belga e inglesa de cervejas especiais. De problemas tivemos a Red Ale, que estava oxidada (atenção Baden Baden, em uma semana é a segunda vez que tomo Red Ale ruim), e a Strong Sufolk que estava acética. Das servidas, apenas a Abbot Ale eu não havia experimentado ainda. Nossa, adorei. Uma cerveja bem lupulada, tanto aroma quanto amargor, com uma linda cor avermelhada. No entanto, percebemos que, ao deixar um pouco dela no copo para beber depois, a cerveja perdeu muito. Ficou com cheiro de peixe e de óleo de fígado de bacalhau. Eca.



Lu avaliando a complexidade dos torrados, do café e chocolate da London Porter
e eu adorando o aroma gostoso de lúpulo da Abbot Ale.









As cervejas foram muito bem harmonizadas com petistos criados pela equipe do Lapa Café. Para a Franziskaner foi servido salsichão com mostarda e para a Abbot Ale, batatas calabresa. A London Porter harmonizou com queijo coalho e a Leffe com camarão ao molho de alho e gengibre (tentamos até pegar a receita, mas o chef já tinha ido embora... delicioso!!). A Indica foi harmonizada com salame, a Red Ale foi servida com gorgonzola e a Paulaner Salvator, com um diferente feijão açoreano. Foi uma gostosa noite de quinta-feira num lugar que vai virar point de quem gosta de combinar boas cervejas, bons petiscos e um ambiente agradabilíssimo. Até a próxima.

sábado, 15 de agosto de 2009

Análise sensorial: DMS

Tenho certeza de que você já sentiu cheirinho de milho ou vegetais cozidos na sua cerveja. Você pode até não ter percebido que era isso, mas que já sentiu, ah, isso já. Comece a reparar.


Repolho e milho

Esse aroma (termo de que gostam os entendedores de cerveja, como se aroma e cheiro fossem coisas distintas, e cerveja só tivesse aquele. Ah, que chato ter que ficar me policiando pra não falar “cheiro”. Pronto, falei! Cheiro, cheiro, cheiro de milho, cheiro de manteiga, cheiro de fruta, cheiro de malte, cheiro de lúpulo. Desabafei minha revolta!) pode ser um off-flavor, ou seja, um atributo negativo na sua bebida, se estiver em nível excessivo.


Pode ser causado por contaminação de bactérias, ou advir de uma fervura rápida ou não tão vigorosa.


O DMS - Dimethyl Sulfide - é muito comum em lagers mais leves. Ele é produzido no mosto durante seu aquecimento, antes do ponto de fervura, pela redução de um outro composto, um aminoácido, o S-methyl methionine (SMM, que, por sua vez, pode ser produzido durante a malteação - li que maltes europeus têm menos SMM e DMS do que os norte-americanos, por causa do processo de secagem). Quando um malte é torrado, o SMM é reduzido de antemão e tem menos chances de se manifestar como DMS no mosto.

O DMS é continuamente produzido no mosto enquanto ele está quente, e é removido pela vaporização durante a fervura. Por isso é tão importante não tampar a panela durante essa etapa. O mosto também deve ser rapidamente resfriado após a fervura, para evitar nova produção de DMS, já que este continuará aparecendo enquanto houver mosto quente.

O tempo necessário para a remoção de ¾ do DMS são 90 minutos. E a fervura deve ser bem vigorosa.

Quando causado por contaminação de bactérias, o DMS fica com uma característica mais rançosa, mais pra repolho cozido do que milho. Pode ser resultado de má sanitização.

A fermentação também pode influenciar a redução de DMS. E o lúpulo pode criar. Mas isso já está ficando muito técnico e completamente fora da minha área de atuação.
Ontem mesmo bebi uma cerva com um DMS absurdamente presente. Era como se eu tivesse acabado de destampar uma panela com milho cozido.

Qual atributo fazer na próxima? Já que falamos hoje em vegetais cozidos, que tal vinagre? Até lá!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Nós no Brejas

Tem cerva carioca invadindo os copos de brejas paulistas

O blog Brejas contou um pouco da história da FemAle Carioca e listou algumas de nossas cervejas no pioneiro ranking de avaliação.
Confiram !
Valeu, confrades do Brejas!

domingo, 9 de agosto de 2009

Chopp Maredsous 6


Para alegria dos amantes de chopp, desde o último sábado, começou a ser servido no Belgian Beer Paradise uma série de chopps Belgas.

Está previsto o lançamento dos chopps Maredsous 6, Maredsous 10, Tripel Karmeliet, St Bernardus Tripel e Abt, Vedett White, Liefmans Kriek. Isso apenas para começar! Cada vez que um barril acabar será aberto um outro diferente. Um mais maravilhoso que o outro!

A estréia foi com o chopp Maredsous 6. Estive lá para comprovar! Beber um chopp belga, em plena Ipanema, não tem preço! O frescor do chopp era impressionante. A suavidade e leveza estavam uma delícia.

O chopp Maredsous 6 estava sendo servido a R$15,90 a taça de 250 ml. Justo!

Diante de tantas opções de cerveja, não podíamos ter ficado só no Maredsous. Degustamos também a Orval (que eu adoro!!), Leffe e St. Bernardus Abt.

No final da tarde tivemos o prazer de um bom bate papo com o Xavier Depuydt, que ainda nos serviu a Deus, Tripel Karmeliet e Trappist Rochefort.

O Belgian Beer Paradise fica na rua Visconde de Pirajá 580 – 213 – Ipanema (www.beerparadise.com.br).

Ótimo final de tarde!

No próximo barril estarei lá, com certeza!