quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mês de Julho: Bock

Convidada Lucia e nós

Degustamos nessa friaca de 22°C do mês de julho 5 representantes do estilo Bock. Queríamos outros rótulos também, mas não achamos no RJ a Kunstmann e a Christoffel. Lamentável, né?! Alôôôuu, distribuidores!

Fizemos tudo que tinha disponível no mercado e bares, ou seja, Kaiser Bock, Petra Bock, Bock Damm, Baden Baden Bock e La Trappe Bockbier.



De ilustres selecionados pra nos servir tivemos o Maurinho, que fez batatas gratinadas, Ricardo, que cuidou da ordem de degustação às cegas, Marcelão, que trouxe lombinho feito na cerveja preta, Serginho, que foi nosso garçom, e Botto, que fez uma picanha suína fatiada para petiscar.


Todo orgulhoso! Esse é o homem que faz aquele choppinho campeão da Cervejaria Fraga


Maurinho, Marcelão e Ricardo nos bastidores!


Mestre-Cuca Marcelão!


Pra começar as harmonizações, servimos bolinho de feijoada feito aqui em casa, copiado do Aconchego Carioca, que o harmonizou com a bock da Bamberg quando esta foi lançada aqui no RJ.

Com uma pimentinha baiana...


Tivemos o prazer de uma palestra do Maurinho sobre o estilo. Ele explicou sobre os ingredientes utilizados na fabricação, processos, sabores e aromas, enfim, o que deveríamos esperar do que degustaríamos, o que estaria ou não no estilo.




Iniciamos, então, as degustações. Dessa vez, como foi organizado pelo Ricardo, não houve pegadinhas, mas se dependêssemos do Maurinho e do Marcelão, teríamos bebido uma mistura de cerveja com coca-cola.

Degustação na casa desta humilde narradora


A 1ª servida foi a Kaiser Bock, que tem coloração meio rubi, meio cobre, aroma de caramelo, pouco malte, sabor levemente adocicado no início, bastante leve, médio a baixo corpo. Algumas acharam retrogosto de mofo e outras não.

Na sequência, Petra Bock. Sem aroma muito apararente, somente um pouco doce, porém, acética no sabor. Devemos ter pego uma ruim no mercado.


Lu (na outra mesa), Tatiana, Regina e Duda se sentindo em casa (Amiga Duda, mi casa, su casa)


Depois, Bock Damm. Coloração marrom escuro com reflexos rubi, média duração da espuma. Aroma pouco torrado, não sentimos muito, talvez estivessésmos com o cheiro da comida sendo feita. Sabor torrado, maior amargor do que as outras. Cerveja seca.
A 4ª servida foi a Baden Baden. Coloração marrom escuro. Espuma creme claro. Aroma caramelo com torrado. Sabor caramelo mais forte, toffee. Beeeem doce. Apesar disso, foi bem aceita.

Lucia, convidada entendida, e, ainda por cima, mulher do Marcelão. Só podia ser gente boa. E Lu.

Last but not least, La Trappe Bockbier, que é uma cerveja ale e bock ao mesmo tempo (????). Coloração rubi médio a escuro. Espuma mais cremosa, creme escuro. Aroma caramelo e alcoólico. Sabor de toffee, caramelo, malte. Mais encorpada e cremosa, com sensação de calor. Leve amargor no final. Algumas encontraram diacetil (manteiga, creme de leite). A preferida de algumas de nós.

Servimos então as batatas gratinadas do Maurinho, a picanha suína do Botto e o lombinho do Marcelão. Deu uma dor nas costas pra comer... Tudo divino! Sem brincadeira. A combinação foi muito perfeita. Tinha sugerido esse cardápio por causa de uma leitura meio na diagonal do The Brewmaster Table, do Garret Oliver, e deu super certo.





Depois ficamos nas cervejas comerciais mesmo e fomos assim até às 2h da manhã.




Agradecimentos especiais aos meninos cozinheiros e garçons e à Lucia, que deu um show de percepção sensorial.
Mais estudos estão por vir. A cerveja é infinita em sua capacidade de ensinar.

Brindes!

domingo, 26 de julho de 2009

I am a Home Brewer!

Já passou da hora de termos aqui, no Brasil, nosso movimento. De mostrarmos nossa paixão pela boa cerveja.

We are home brewers!

Assistam!

http://www.youtube.com/watch?v=xwy6XMN30CA&eurl=http%3A%2F%2Flaserzeppelin%2Eblogspot%2Ecom%2F2009%2F07%2Fi%2Dam%2Dhome%2Dbrewer%2Ehtml&feature=player_embedded

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cervejaria Bode Brown Ale - Curitiba - PR

Era uma vez, no Recife, um casal e 6 filhos. O patriarca, seu Oscar, foi então convidado a trabalhar em qualquer cidade do Brasil que escolhesse, exceto a que já morava. Em conversa com a família, resolveram lançar seus destinos na mão da sorte: escreveram todas as nossas capitais em papéis e pediram ao caçula que sorteasse o local da próxima moradia. Saiu Curitiba.

- Não gostei não – decretou o pai – Vamos sortear de novo.

E, assim, botaram nas mãos do primogênito o desafio de retirar novamente o papelzinho derradeiro. Curitiba.

Não teve mais jeito. Lá se foram os migrantes, de Recife direto pro sul do país, tremer, involuntariamente, os joelhos na noite gelada da capital paranaense, direto dos 30°C pros 4°C.

Quando seu Oscar perdeu o emprego, trocaram os livros da família por legumes, mas não saíram de lá. Finalmente, se levantaram, e alguns filhos formaram, 18 anos depois, a Bode Brown Ale.


O nome já é outra história.

A família era tradicionalmente criadora de bode, que é o animal do sertão, da caatinga, que representa a força do nordestino, a garra de quem luta pela própria sobrevivência, muitas vezes saindo de sua terra por melhores condições de vida. Por isso o Bode. Dizem também que é o único animal que manda você beber: béééébe

O Brown é uma homenagem e evocação do swing alegre de James Brown. Ale é o estilo preferido do Samuel Cavalcanti, um dos filhos do Seu Oscar, e grande idealizador de tudo.
Antiga cozinha de 100 litros

Acabaram de trocar essa cozinha da foto por uma de 250 litros. Ainda está em fase de aperfeiçoamento e não foi lançada nenhuma cerveja no mercado. Mas decidi fazer um post sobre essa cervejaria, ainda com produções experimentais, por amor à cultura cervejeira, por admiração de ver em uma pessoa um espírito de entusiasmo genuíno.


FemAle esteve aqui
O Samuel fez de sua cervejaria um “Projeto Cerveja”, que não só produz a nobre bebida, como tem, à disposição de qualquer um, uma mini biblioteca com todos os seus livros e DVDs, desde os mais variados estilos aos primeiros passos do cervejeiro caseiro; espaço para cursos; venda de insumos em pequenas quantidades e pequenos equipamentos para o caseiro. Sua simplicidade e paixão são encantadoras, contagiantes e moram nos detalhes, no perfeccionismo de tudo que ele faz e divide com quem quer que seja.

Espaço para cursos

Balcão de vendas de equipamentos e insumos em pequenas quatidades


Minha paixão. Se eu morasse em Curitiba morreria de frio, mas antes disso leria toda a biblioteca do Samuel.

Esperemos suas cervejas em lindas garrafas, feitas exclusivamente para a Bode Brown.
Quem antes não conhecia
Cervejaria do Bode,
de logo já tem exemplo
daquele que luta e pode
trazer cerveja de elite
para irrigar seu bigode.

Samuel deixou a chã
vizinha do Ceará,
partiu para Curitiba
capital do Paraná,
mostrando o que o bode faz
pra aquela gente de lá.

Quem quiser ter o sabor
de uma cerveja famosa,
com a Cerveja do Bode
se faz amigo e diz prosa,
pois ela é como cabrita
é braba mas é gostosa.
Longa vida à Bode Brown e à ACervA Paranaense (aproveitando a oportunidade)! Esperamos vocês e suas deliciosas produções em outubro.

sábado, 11 de julho de 2009

Desbravando Bares: NYGRI

FemAles e Julio, que atende pessoalmente todo mundo


Há na Tijuca (Rua Uruguai, 380, Lj 18) uma pequena delicatessen, que vende pastinhas deliciosas, frios em geral e outros acepipes. Como se isso não bastasse, eles também têm uma generosa oferta de cervejas especiais, com cerca de 80 rótulos, sendo que a carta, antes da Lei Seca, tinha apenas 140. Isso pra uma delicatessen é um susto, né?!

Uma curiosidade é que eles, das nacionais, só trabalham com Eisenbahn e Cerpa, sendo que esta por valor sentimental, por ter sido uma das cervejas que abriram a loja, há 26 anos.

Você pode comprar tudo lá e ir pra casa ou sentar numa das 4 mesinhas e degustar por ali mesmo, escolhendo o que comer direto do balcão e o que beber direto da geladeira, já que na casa não há cardápio.

A única geladeira da casa

Um bizu que nos deram e eu repasso: se você já souber que vai com antecedência, liga à tarde e peça que eles coloquem pra gelar o que você já sabe que vai querer beber (Tel: 2268-6896).


"Rosas e Magarataia estiveram aqui"

Só com isso já deu pra sentir como é aconchegante o local, né?! Agora imaginem ainda juntar lindas FemAles Cariocas numa sexta à noite... maravilha! Essa foi nossa sexta de ontem.

Como convidados, os mAles de sempre Maurinho e Ricardo, o Levy, trazido pelo Maurinho, e a Marcy, amiga paulista da Lu.


Boa comida, boa cerveja, bom papo e as melhores companhias


Pra começar os trabalhos, pegamos a 5 da Eisenbahn, depois harmonizamos batatinha calabresa com Paulaner Salvator. Funcionou super bem. Vou tentar escrever bonito igual a quem entende do riscado: o toque picante do prato harmonizou com a força e o dulçor da cerveja.

Posso ter falado uma grande besteira, mas foi o que a nossa intuição desprovida de estudo achou. (Nota: acabei de ler por aí que se deve evitar cervejas muito alcoólicas com pratos apimentados, pois aquelas intensificam a força da pimenta. Pode ser, mas achei justamente o contrário)


Vale o repeteco


Provamos pela primeira vez uma Marston's Old Empire IPA, que tem aquele aroma peculiar de lightstruck, que é trazido à cerveja pela luz que passa pela garrafa incolor, e com amargor de IPA inglesa, pouco pro nosso gosto, já que gostamos das IPAs americanas.



Algumas foram de Schlenkerla e outras de Erdinger Urweisse, a receita original da Erdinger. Não sei se isso é marketing ou não, mas ela é beeeeeem melhor do que a Erdinger que tomamos por aí, mais frutada, cremosa, encorpada. Enfim, uma representante do estilo trigo.



Pedimos então a cerveja igual ao Brasil da época da ditadura: "ame ou deixe". Geuze Mariage Parfait. O aroma é daquela água que fica na lixeira quando vaza o lixo, misturado com enxofre. Se você conseguir passar dessa fase e ir ao gole, ela se torna melhor. É leve, um pouco frutada, com um azedinho gostoso, boa combinação. Eu tomaria tudo de nariz fechado não fosse a sensação retronasal. Como a Duda e o Ricardo adoraram, deixei tudo pra eles. O Ricardo gostou tanto que chegava a mastigar a cerveja. É uma técnica de degustação, eu sei, mas usar com essa é pra quem tem a coragem correndo nas veias.


1ª fase: cara feia. 2ª fase: beber o copo todo

De saideira, Leffe, Eisenbahn Dunkel, Strong Golden Ale, Karmeliet, Fuller's IPA...


A ata da reunião

Como a noite só termina quando acaba, fomos beber Paulaner Dunkel, Weihenstephaner Vitus e Demoiselle na casa da Lu.

Noitada light! Sexta que vem tem mais!

domingo, 5 de julho de 2009

Lançamento cerveja Bock da Bamberg no RJ

FemAles com Alexandre e Janaína da Bamberg (e o Maurinho de querido intruso)


Dia 02 de julho a cervejaria Bamberg lançou a edição limitada de sua cerveja sazonal Bock aqui no Aconchego Carioca.


Antes de todo mundo chegar

O evento, para 60 pessoas, contou com chopps:
Pilsen, harmonizado com mix de croquetes (sem foto, pois minha fome me fez esquecer o compromisso com o blog);
Weiss com moquequinha de baroa (mandioquinha, no dicionário paulista) e camarão;
Bock com bolinhos de feijoada; e, last but not least,
Schwarzbier com tiramissu.
Tudo preparado pela famosa Katita e aprovado por todos os presentes, até por famoso chef francês que prestigiou o evento da cervejaria de Votorantim.


O chopp de trigo da Bamberg já é brincadeira de gostoso, um dos únicos com 50% de malte de trigo no Brasil, com essa moquequinha então...


Me belisca! Acho que foi sonho! Preciso repetir muitas vezes pra ter certeza! Chega logo aqui, Bamberg!


Tiramissu no ponto certo, segundo a entendida no doce, FemAle Lu. Schwarzbier no ponto perfeito, segundo todos os entendidos de beber chopp.


O chopp bock está gostosíssimo, maltado, encorpado e bem equilibrado. Não tivemos a versão engarrafada, que virá numerada e embalada em uma linda caixinha. Mas, baseada na versão não pasteurizada, vimos que vale muuuuito a pena conferir!

Pros conterrâneos cariocas, ela só estará disponível no Aconchego. Bebam e peçam bolinho de feijoada pra acompanhar. Fica sinistro!
Bock-brinde!


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Nossas Cervejas e Nossos Amigos



Nossas cervejas: IPA, ROSAS e MAGARATAIA


Não era pra ser assim, já que estudos apontam mulheres como as primeiras a fazerem cervejas, mas é um espanto pras pessoas ver essa bebida sendo feita por nós. De qualquer forma, foi um sucesso geral na Brasil Brau as cervejas feitas com pétalas de rosas, com gengibre, uma IPA e outra com cardamomo.


Duda, sua Rosas e Gabi




Kátia provando a IPA da Lu



Regina e João Becker. Ambos com suas produções de gengibre.


Esse frenesi pra conhecer as cervejas com diferentes ingredientes, feitas por mulheres, fez com que conhecêssemos muita gente e nos aproximássemos ainda mais de outras.


Brincando de tirar foto com a Kátia e o Celso da Prazeres da Mesa


Quantas pessoas maravilhosas já encontramos nesse mundo cervejeiro. Quantos colegas e amigos já fizemos, a começar por nós, FemAles, qua nos conhecíamos superficialmente há mais de 1 ano, e nos tornamos amigas e confidentes (é lógico que as primeiras confidências surgiram de bebedeiras).



Amiga que bebe unida permanece unida


Feijão, nosso blogueiro preferido. Precisa falar mais alguma coisa?






Olha esse sorrisão! Ele tá sempre no rosto dela. É sua porta de entrada para o mundo. Ela e o Marcelo se dedicam com muito amor ao Empório. Nossa empatia, sintonia, sinergia foi total. Vai fundar a FemAle Ribeirão Pretana.



Rodrigo, do blog Para Que VoCerveja


Onde houver gosto por fuxico,
Precisão e aperrei


Cerveja feita em casa,
Diversão e copo chei


Pode bater a foto,
Que as FemAle tão no mei



Que coisa linda! Carregaram no sotaque nordestino pra ler? O autor é o Rodrigo Campos, um cearense arretado da p... Não tenho palavras pra descrever sua simplicidade, senso de humor e simpatia. "Santo bateu" na hora. É o único blogueiro, que eu saiba, do Nordeste.

Maurício, do Brejas

Esse cara é bom. Particularmente, posso dizer que foi a mais grata surpresa que tive na Brasil Brau. Mas todas as FemAles se encantaram com seu jeito simples e empolgado de ser. Ele tá sempre pesquisando pra atualizar o blog todos os dias. Isso mesmo, ladys and gentlemen, todos os dias. Se isso não é dedicação, não conheço mais nada nessa vida.

















Samuel e Oscar, da Bodebrown. Super gente boas. Falaremos deles no post sobre essa cervejaria de Curitiba.


De novo a queridíssima Maíra, companheira de bordejos pela Brasil Brau.



Brincando mais um pouco com a Kátia e o Celso da Prazeres da Mesa.


Conhecemos ínúmeras outras pessoas maravilhosas, mas só tínhamos fotos dessas. Venham torcer pelas FemAles Cariocas no nosso Outubro de Festa da ACervA Carioca. Nossas cervejas serão fortes concorrentes!!!