Na parte teórica, dentre outras coisas, a Cilene comentou sobre a criação do Beautiful Beer, movimento surgido em 2005, quando ela veio para o Brasil se apresentar como sommelier de cervejas, tendo com isso sofrido muito preconceito, “já que a cerveja não careceria de sommeliers”.
Ressaltou a importância do nosso papel em mudar esse perfil de falta de sofisticação da cerveja, comentando que a publicidade não precisa ser grotesca como é, com traços tão machistas.
Até as Lambics a Cilene nos ensinou a descrever. Em vez de “gosto de lixo” e “azeda pra car*%#o” (piiiiii), que tal “essa cerveja tem acidez marcante”?
Pra não afastarmos pessoas do nosso mundo, podemos escolher melhor as palavras. Estamos adotando isso já há algum tempo nesse blog. Em vez de “corpo fraco”, temos escrito “corpo leve”. rs.
A professora desmitificou aquela velha lenda de que na parte inicial da língua sentimos o gosto doce, etc. Na verdade, os gostos básicos são sentidos pelas papilas gustativas, que estão espalhadas na língua, céu da boca e cavidade posterior da boca e nariz.
Ela nos ensinou a preparar um pires com sal, limão, algo bem amargo e outro doce. Isso tudo deve estar no mesmo formato. Exemplo: misturar cada um deles em gelatina sem sabor e água. Fechar os olhos, provar 1 deles por vez e tentar distinguir os gostos básicos. É muito comum misturarmos azedo com amargo, por exemplo.
Sobre a sensação na boca, quando descrevemos corpo, carbonatação, calor, etc, ela explicou que é tudo que não seja aroma e gosto.
Após a devida parte teórica, partimos pra prática. Foram 14 atributos, de um total de 42, escolhidos por problemas recorrentes que ela percebe em 4 anos de avaliação das nossas cervas em concursos.
Mas pra saber sobre isso, só fazendo esse curso de análise sensorial, que vale muito a pena. De resto, treinem e degustem!
Saúde!
Um comentário:
Que delícia de evento! Gostei de saber mais sobre o curso de análise sensorial! Beijão!!!!
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