Casa Talita
Criar uma receita coletiva da FemAle Carioca não foi um processo rápido, demorou quase 6 meses pra ser feita e chegar a um consenso, mas finalmente saiu, e é a SABTIEM.
Mas só fazer uma leva coletiva para as FemAles é pouco, então resolvemos fazer também um vídeo desse processo e para comemorar nosso 1º ano de harmonizações.
(Nós somos FemAle Carioca)
Às 14:30 h chegamos na casa da Talita e botamos a mão na massa, ou melhor, no malte, com o aquecimento da água.
Como a fome já era grande, abrimos o pão de linhaça com castanha do Pará e ervas da provence, patê do Guy e algumas cervejas, porque ninguém é de ferro. Aliás, na casa da Tatiana, como para a gravação era necessário um copo de cerveja, começamos por lá nossa degustação.
O cameraman, Zé, amigo da Lú, tem muita paciência. Já imaginaram 6 FemAles falando, discutindo, brigando a cada nova ação????? As dúvidas: todas colocando o malte juntas, ou uma de cada vez, ou em dupla .....
O que não falta são mãos para as etapas. Afinal são quase 20 k de malte para ser colocado.
Começamos a fazer as gravações conjuntas. Vestimos nossas blusas FemAle e nos maquiamos.
“Eu não tenho cílio! Estamos nos maquiando, como fazer sem cílios?” ouvi ... Cada uma tem sua peculiaridade. Talita e seu braço que não pode aparecer gordo, Flávia faz coro com ela. Eduarda procura seu melhor perfil. Eu não gosto de filmar nada, naturalidade zero. Tatiana e Flávia estão muito à vontade frente às câmeras. E a Lú? Experiência ela tem demais, por trás das câmeras, deve ser fácil.
Tiramos uma amostra da cerveja, que estava em andamento, e a cor (cobre claro) agradou a todas.
Enquanto ocorre a fervura vamos almojantar.
Um Cohiba é muito bem vindo. Eu, Flávia, Zé e Tasso estamos curtindo esse charuto acompanhando a Magarataia.
Estamos muito tristes, que vida difícil ...
Como somos muitas, as idéias foram, algumas vezes, antagônicas. Mexemos ou não enquanto ferve? Terminamos a gravação dançando ou não?
A gravação coletiva nos fez rir mais do que concentrar. A fumaça do charuto para a fala de “nos chame de revolucionárias” gerou várias tentativas, muitos risos, fumaças e alegrias. Acho que deu certo, resta saber o que é dar certo.
http://www.youtube.com/watch?v=P0ZjVJiqOgI
Guerra total na hora do resfriamento. Demorou a ficar pronto o esquema da entrada e saída da água. Todas falavam ao mesmo tempo, muitas mãos para mexer nas mesmas coisas. Muita água; fecha a água; abre a água; coloca pressão; tira a pressão.
Ficamos 12 horas gravando, bebendo, regravando, comendo, falando, brincando, trabalhando...
Agradecemos ao Zé pela paciência e boa vontade. Sabemos que somos exigentes, complicadas, alegres, irreverentes, discordantes, mas um grupo que busca se conhecer cada vez mais, se entender e respeitar as diferenças, saudáveis, que existem entre nós.
Ao final, Talita dançava com a vassoura ao som de Jorge Ben Jor.
Surgiu então a dúvida: que nome daríamos a nossa cerveja? Depois de muitas pesquisas e mensagens trocadas, escolhemos o nome SABTIEM. Segundo a Larousse da cerveja eram as mulheres cervejeiras da Babilônia e da Suméria, que em torno de 4000 a.C, tinham muito prestígio e eram consideradas pessoas especiais com poderes quase divinos.
Escolhido o nome, mais uma chuva de mensagens para resolver o rótulo, muda a cor, muda a letra, muda o fundo, volta ao que era .... Finalmente definimos:
O tempo necessário para a etapa de envase da Sabtiem chegou no domingo 27 de setembro, dia de São Cosme e São Damião - casa da Lú
Pegamos os galões da cerveja, que estavam na casa dos pais do Ricardo Rosa e começamos o processo.
Fez um lindo dia de sol e calor, preparei uma comida de entrada, experimental, para começarmos a trabalhar.
Não levamos medidor para o ácido peracético, fizemos “no olhar” o cálculo da quantidade necessária para diluir em 1,5l, que era nosso maior recipiente, para sanitizar muuuuuitas garrafas. Caramba! não acabava nunca mais, Talita estava com lentes de contato gritando por socorro e eu com o braço doendo de tão devagar que tínhamos que encher as garrafas para não cair ácido por todos os lados.
A Sabtiem foi engarrafada, a comida nos enlevou de prazer gourmet e cervejas nos aliviaram o calor. Muitos brindes!!!!!
Às 21h acabamos a missão. Mas pra Tatiana, Talita, Lu e Mauro a noite acabou com o fim da cerveja, 1h da manhã. Outro dia de 12 horas.
Levaremos 20l em cornélius para saborearmos no IV Concurso Nacional de Cervejas Artesanais .
Eperamos que vocês gostem. Nos vemos lá!
3 comentários:
Queridas, brindo com vcs daqui! Sucesso à nossa primogênita Sabtiem e vida a londa a esse nosso maravilhoso sexteto de proud mommies que é a FemAle Carioca! Beijos madrilenhos!
Minhas Queridas:
Queria saber cada a minha SABITEM, afinal de contas tb sou filho de Deus, ou melhor, de Jan Primus, Saint Patrick e outros deuses cervejiros.
Sendo possível manda algumas pra Sampa que eu terei o maior prazer em degustar e depois postar a availação lá no Blog (http://thebeerhop.blogspot.com).
Bju a todas
Rubinho
Tati, obrigado pelo presente. A cerveja estava ótima. Belo exemplo de Red Ale. Fiz um pequeno post no blog da Mob. Valeu.
http://mob-bier.blogspot.com/2010/01/cervejas-caseiras-red-ale-profana-e.html
Parabéns meninas!
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