Maltes ao redor do pão que usamos para limpar a boca entre uma e outra cerveja
Antes da degustação, o Ricardo fez uma explanação sobre o estilo e, como bom professor e PHD que é, levou ainda exemplos dos maltes chocolate, brown malt, black mal e cevada torrada, todos usados na elaboração da cerveja. (É bem verdade que, segundo alguns escritos, a cevada torrada (roast barley) é bem mais usada no estilo Stout e seria uma das diferenças das duas cervejas, apesar de não ser incomum encontrar e elaborar receitas com um toque da cevada torrada). A Porter, de acordo com o BJCP, é uma cerveja onde o malte torrado (com notas de café e chocolate) está muito mais presente que o lúpulo e o fermento, tanto no aroma, quanto no sabor.Lu, Talita, Duda, Tati e Regina (da esquerda para a direita)
Nas fotos abaixo, o duro trabalho do fotógrafo Alfredo, da Beer Life
A degustação foi às cegas e, só posteriormente, soubemos a ordem que as cervejas nos foram servidas : Encorpada, London Porter (Fuller´s), Demoiselle (Colorado), Meantime e Graúna (Bottobier). A Encorpada, dos nossos amigos cervejeiros Rafael Targino e Márcio Duran, e a Graúna, do Botto, foram respectivamente 10º lugar e 4º lugar no 2º Concurso Nacional "Mestre Cervejeiro Eisenbahn", em dezembro passado.
A London Porter foi escolhida como a melhor cerveja por unanimidade, já que apresentou mais aroma e mais sabor de café, torrado e chocolate equilibradamente e com persistência no amargor. Em segundo lugar, com exceção da Regina, ficou a Demoiselle. Aliás, a Eduarda foi a única que acertou! Todas achávamos que a Demoiselle tinha sido a segunda que experimentamos. Eu e a Tati, por exemplo, achamos que o aroma de café estava bem menos intenso e, por isso, até a classificamos como "industrial". A espuma da Demoiselle estava bem cremosa e num marrom que combinava muito com o escuro da cerveja. Ela também deu um pouco mais de calor e apresentou mais corpo que a London Porter.
Para a Regina, em segundo lugar estava a Meantime, que chegou em nossas mãos servida com uma generosa espuma e um aroma de estragado. Com o passar do tempo o fim da espuma, conseguimos notar um pouco mais do café. No entanto, na minha opinião, ela continuava com aroma estranho e um sabor avinagrado decepcionante. A Meantime variou do segundo lugar ao último. A Encorpada estava mais leve e notava-se menos a presença dos maltes torrados tanto no aroma, quanto no sabor. A Graúna estava mais equilibrada, mas notava-se um aroma e sabor um pouco metálicos.
Bruschettas e, ao lado, meninos cozinhando
Depois da degustação, partimos para a harmonização. O menu foi, mais uma vez, de dar inveja. Bruschettas de entrada, Filé mignon grelhado ao molho de cerveja preta com arroz a piamontese como prato principal e uma deliciosa mousse de chocolate de sobremesa, uhmmmmm. Durante o jantar, demos entrevista, conversamos sobre a vida e bebemos ainda Schwarzbier, da cervejaria Bamberg. E nem conto pra vocês... Semana que vem tem mais e é Stout!
Alfredo, Maíra, Tati, Tasso, Eu, Mauro , o povo da saideira
Um comentário:
Fiquei com agua na boca.... Sera que na proxima visita ao Brasil vou ter a oportunidade de degustar nao so as cervejas, mas tambem os petiscos do Mauro ? Grüsse aus der Schweiz ! Andre
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